quarta-feira, 14 de julho de 2010

A dentista que desafia o autismo


Crianças autistas costumam receber anestesia geral quando precisam cuidar dos dentes. Como Adriana Zink consegue fazer diferente
CRISTIANE SEGATTO
Filipe Redondo/ÉPOCA
OLHOS NOS OLHOS
Adriana e Juca no consultório montado na quadra da escola de samba Unidos de Vila Maria. Brinquedos a ajudam a estabelecer contato visual com os autistas

  
Reprodução
Num consultório modesto no bairro do Tucuruvi, na Zona Norte de São Paulo, a dentista Adriana Gledys Zink atende pacientes especiais. Muito especiais. Ela se dedica aos autistas. Não apenas aos autistas mais colaborativos – aqueles que falam, estudam e podem até chegar ao mestrado. Adriana também socorre, de uma forma inusitada, os chamados autistas de baixo funcionamento. Aqueles que não falam, usam fralda e, quase sempre, são violentos.
Entre seus pacientes, há a mulher de 35 anos que arrancou um pedaço da bochecha da fonoaudióloga com uma mordida. Há também o menino que mastigou a falange do dedo da irmã. E ainda o pré-adolescente que arrebentou os dentes frontais da mãe. Como, então, Adriana consegue conduzi-los até a cadeira, fazer com que abram a boca e aceitem receber uma limpeza, uma restauração ou até mesmo a extração de um dente comprometido?
“Adriana é nossa encantadora de autistas”, diz Waldemar Martins Ferreira Neto, um dos sócios da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD). “Ela tem um dom especial. Às vezes ninguém consegue controlar uma criança, mas ela se acalma quando Adriana faz contato.” Não há mágica nessa história. Há um inspirador exemplo de dedicação. Em 2003, Adriana decidiu fazer especialização em pacientes especiais na APCD porque se comoveu com a situação das famílias. “Mesmo quem pode pagar não encontra dentistas dispostos a cuidar de autistas”, diz.
Quando precisa de atendimento odontológico (mesmo que seja uma simples limpeza), a maioria dos pacientes é internada num hospital para receber anestesia geral. Adriana decidiu tentar fazer diferente. Passou a frequentar reuniões de famílias de autistas, estudou os métodos de aprendizagem disponíveis e conseguiu adaptar algumas técnicas para a odontologia. Sua principal inspiração foi o método Son-Rise, criado nos Estados Unidos nos anos 70 pelos pais de um autista. A história dessa família foi retratada no filme Meu filho, meu mundo. O método incentiva os pais e os terapeutas a observar as preferências dos autistas e usá-las como recursos de aprendizagem. Outro método usado pelas famílias é o Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (Pecs, na sigla em inglês). Por meio de figuras, a criança aprende a comunicar suas necessidades e a entender que uma atividade acabou e outra vai começar.
Adriana criou Pecs específicos para a odontologia. É assim que ela apresenta a máscara, a cadeira, o chuveirinho etc. Às vezes, precisa de quatro sessões só para conseguir convencer o paciente a sentar-se na cadeira. Quando isso não é possível e o procedimento necessário é simples, ela atende a criança no chão. Adriana quer que o método receba respaldo científico. Encaminhou um projeto de pesquisa à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e aguarda o resultado. Depois de comprovar a eficácia de sua abordagem, Adriana pretende ensiná-la a outros dentistas.
“Mesmo quem pode pagar não encontra
dentistas dispostos a cuidar de autistas”, diz Adriana
Todas as quartas-feiras, ela cuida gratuitamente de autistas, deficientes mentais (e de qualquer outro paciente que aparecer) no projeto social da escola de samba Unidos de Vila Maria. Até os 14 anos, Matias Cabral de Lira Junior (o Juca) nunca tinha ido ao dentista. Ele é deficiente mental e apresenta sinais de autismo. Embora não seja agressivo, Juca não fala e não engole a saliva. Também faz movimentos contínuos comuns entre os autistas, como sentar-se numa cadeira e balançar o tronco para baixo e para cima, sem parar. Há dois anos, Adriana conheceu Juca no consultório da escola de samba. Ele mora com a mãe num apartamento do Cingapura (conjunto habitacional popular que substituiu algumas favelas na capital paulista). Nunca estudou. “Tentei de tudo, mas nunca consegui matriculá-lo numa escola”, diz a dona de casa Marly Zulmira da Conceição, de 44 anos. A primeira providência de Adriana foi fazer uma longa entrevista com a mãe. Precisava conhecer todos os gostos de Juca. O que lhe agrada e o que o incomoda. Para que o trabalho dê certo, Adriana precisa de detalhes. Detalhes colhidos sem pressa.“Essas informações me ajudam a encontrar uma forma de entrar no mundo do paciente.”
No primeiro encontro, Juca não olhava nos olhos de Adriana. Tremia quando ela encostava nele. Para tentar estabelecer algum contato visual com o garoto, Adriana experimentou vários brinquedos. Bolinhas de sabão, desenhos, bichos de pelúcia. A única coisa que despertava o interesse de Juca era um carrinho emborrachado. Aos poucos, Adriana foi empurrando o carrinho para dentro do consultório. Juca o seguiu. Com fita-crepe, Adriana prendeu o brinquedo no refletor instalado acima da cadeira de dentista. Juca sentou-se na ponta da cadeira e levantou a cabeça para espiar o carrinho. Adriana acomodou uma das pernas dele sobre a cadeira e afastou-se um pouco para ver como reagia. Como ele ficou bem, a dentista acomodou a outra perna.
Depois de dois anos de acompanhamento, Juca está acostumado a Adriana e seus apetrechos. Na última sessão, quem saiu da caixa de brinquedos foi um Chico Bento de borracha. Ela movimentava o personagem encaixado sobre o dedo indicador direito enquanto, com outros dois, tentava relaxar o queixo de Juca.
– Abra a boca para o Chico olhar – Adriana pedia.
– Ahhhhhh – ele respondia.
Juca parecia seguro. Apesar de todas as limitações, a comunicação entre eles fluía. Adriana conseguiu de novo.

ÉPOCA Debate: O que dá certo em educação?


ÉPOCA convida leitores e especialistas para discutir os problemas do ensino e as políticas que dão bons resultados nas escolas do país
REDAÇÃO ÉPOCA
Weber Sian/A Cidade/AE
EXCELÊNCIA
Aula em escola de Cajuru, São Paulo. O município tem o melhor ensino do Brasil

reprodução/Revista Época
Cajuru, cidade de 24 mil habitantes no interior de São Paulo, tem as melhores escolas de 1ª a 4ª série do país. A excelência da pequena rede foi revelada pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), avaliação da qualidade do ensino no país feita pelo Ministério da Educação. O indicador combina resultados de provas de matemática e língua portuguesa com o porcentual de aprovação dos alunos. Cada escola, cidade e Estado tem uma nota de 0 a 10 e uma meta para cumprir. Das 43 mil escolas avaliadas em 2009, só 19 conseguiram tirar nota acima de 8. Seis estão em Cajuru.
A meta para o Brasil é chegar a 2021 com nota 6, a média dos países desenvolvidos. Hoje, menos de 10% das escolas conseguem tirar 6 ou mais.
Segundo a secretária de Educação de Cajuru, Isabel Ruggeri Ré, a explicação para o sucesso do município paulista é a combinação de quatro fatores: orçamento alto para a educação (30% do total municipal, enquanto a lei determina 25%), qualificação dos professores, reforço escolar e envolvimento dos pais.
Nos próximos anos, o desafio dos poderes públicos e das autoridades será reproduzir experiências assim pelo país. Como aproveitar as lições como as de Cajuru em cidades maiores ou mais pobres? Quais são as políticas que dão certo? Quais não funcionam? Quais ações melhoram o ensino no longo prazo e quais miram apenas resultado em ano eleitoral? Como o próximo presidente deve conduzir as políticas de educação para garantir que o ensino melhore em todas as escolas?
>> Inscreva-se aqui
Essas são algumas das questões na pauta do ÉPOCA Debate Educação, parte de uma série de eventos sobre os temas mais importantes do país que devem constar na agenda do próximo presidente. O debate, aberto a todos os interessados, será no dia 20 de julho na sede da Editora Globo, em São Paulo. Os debatedores serão o educador José Marcelino de Rezende Pinto, da Universidade de São Paulo, a socióloga Maria Helena Guimarães de Castro, ex-secretária de Educação de São Paulo, e o economista Reynaldo Fernandes, ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e criador do Ideb.
ÉPOCA já promoveu debates sobre segurança e saúde. Até outubro, serão mais dois: política externa e o papel do Estado. Todos são gravados e transmitidos ao vivo pelo site epoca.com.br.
reprodução/Revista 
Época

Claudia Costin: "Prédio não educa. Quem educa é gente

A secretária de Educação do Rio aposta nos professores – com treinamento, bônus e até Twitter
MARTHA MENDONÇA
Diariamente, às 5 e meia da manhã, o Twitter da secretária de Educação do município do Rio de Janeiro, Claudia Costin, já está a mil. Entre seus 6.700 seguidores, 6 mil são professores do Rio, que tem a maior rede de escolas municipais públicas do país. Uma comunicação tão pioneira entre autoridade e funcionário público que, no mês passado, a secretária foi convidada a dar uma palestra na Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Em 18 meses no cargo, ela coleciona ações criativas e resultados rápidos. Já alfabetizou quase metade dos 28 mil alunos de 4º e 5º anos que evoluíam de série, mas não sabiam ler. Está investindo nas escolas em áreas de violência e na capacitação e valorização dos professores. “Piscina e quadra coberta não ensinam. Quem ensina é gente”, afirma.
  ENTREVISTA - CLAUDIA COSTIN  

 Daryan Dornelles QUEM É
Nascida na cidade de São Paulo há 54 anos, é filha de imigrantes romenos. Casada pela segunda vez, tem dois filhos e três enteados


O QUE FEZ
Foi ministra da Administração Federal e Reforma de Estado, na gestão Fernando Henrique Cardoso, e secretária de Cultura do Estado de São Paulo


CARREIRA ACADÊMICA
Deu aulas na Fundação Getulio Vargas, na PUC de SP e na Unicamp. É professora visitante da Universidade de Québec, no Canadá

ÉPOCA – Como a senhora avalia o resultado do Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb) no Rio?
Claudia Costin –
Estou surpresa e feliz. No ano passado, acabamos com a aprovação automática e a consequência natural foi um volume grande de reprovações, que foi quatro vezes e meia maior que no ano anterior. Avisei a minha equipe: vamos ter paciência, porque os resultados deste primeiro ano não serão bons, já que o Ideb é composto do índice de aprovação mais resultado na Prova Brasil. Mas do 1º ao 5º ano tivemos aumento do Ideb de 4,5 em 2007 para 5,1 em 2009. O bom desempenho compensou a reprovação maior. Ainda há muito que fazer. No 9º ano houve queda no Ideb, de 4,3 para 3,6. De qualquer forma, estamos com uma bela base para o futuro. O que mais me emocionou foram os resultados de muitas escolas nas áreas de violência.

ÉPOCA – Quais são as ações nelas?
Costin –
Assim que assumi, mapeamos os resultados escolares, e era claro que nessas áreas o desempenho era menor e a evasão escolar ruim. Professores não iam com medo de tiroteios e ataques. Em agosto de 2009, começamos a oferta de ensino em tempo integral, introduzimos um programa de ciências prático, para que a criança se interesse em ir à escola, e contratamos mães voluntárias que buscam crianças em suas casas. Capacitamos os professores com uma metodologia que acaba com os bloqueios cognitivos de crianças que têm traumas de violência. E ensinamos o que chamamos de Pedagogia do Sonho – a ligação daquilo que elas aprendem em sala de aula com o que sonham em ser quando crescer. Além disso, aumentamos o adicional para os professores que anteciparem suas metas nessas áreas. No restante das escolas é de um salário a mais. Nas 150 escolas nas áreas de risco, que chamamos de Escolas do Amanhã, é de um salário e meio. Investimos na capacitação e valorização desses profissionais, em vez de prédios novos, piscina olímpica ou quadra coberta. Prédio não educa. Quem educa é gente.

ÉPOCA – O Ideb 2009 já mostra os resultados disso?
Costin –
A Escola Municipal Afonso Várzea, no Complexo do Alemão, passou de 4,2 para 5,8. A escola tinha uma professora tão dedicada, professores tão unidos que superou as dificuldades.

ÉPOCA – Como recuperar os 28 mil alunos que no ano passado foram considerados analfabetos funcionais, apesar de já estarem nos 4º, 5º e 6º anos?
Costin –
Capacitamos os próprios professores da rede, em parceria com o Instituto Ayrton Senna. Em cinco meses e meio de trabalho, 12 mil foram alfabetizados. Agora, 10.700 deles estão num processo de aceleração, fazendo três anos em um para alcançar os colegas. Com o apoio da Fundação Roberto Marinho, estamos fazendo aceleração com 8.900 alunos do 6º ano em diante. No Rio, imperava a cultura do coitadinho: eles são pobres, os pais não dão atenção, então vamos passá-los de ano. Não vamos dar dever de casa nem prova. Todos os elementos importantes para desafiar o aluno tinham sido retirados. Com esse trabalho de realfabetização e reforço, estamos dizendo a eles: vocês podem. Não existe trabalhar a autoestima de uma criança no vazio. Só com resultados. Como os atletas.

ÉPOCA – E os professores, também estão evoluindo?
Costin –
O fim da aprovação automática já era uma grita dos professores. Já é um trunfo de nossa gestão. Agora faço um trabalho de valorização desses profissionais e estreitamento de nossa relação com eles.

”Imperava a cultura do coitadinho: eles são pobres, então vamos
passá-los de ano. Não vamos dar dever de casa nem prova”

ÉPOCA – Seu contato com eles por meio do Twitter está funcionando?
Costin –
Acredito que sim. Mas não foi algo pensado. Tenho uma filha morando fora do Brasil, e achamos que seria uma bela forma de manter contato. De repente, vi que vários professores começaram a me seguir. E percebi que canal maravilhoso poderia ser aquele. Hoje, acordo às 5h30 e faço uma espécie de clipping de tudo o que pode interessar a eles, desde acontecimento na educação até notícias que eles podem usar em sala. Eles me mandam informações, reclamações. Levo para nossa equipe técnica, e quase sempre eles estão com a razão. São mais de 6 mil seguidores e não há agressão.

ÉPOCA – Os professores das escolas que superaram as metas ganham bônus. Esses prêmios por mérito poderiam trazer talentos para o magistério?
Costin –
Não tenho dúvida. Os prêmios e o salário inicial contam muito na decisão dos jovens. Mas há outro ponto importante: a valorização. Por isso fizemos dois trabalhos importantes: o Guia da educação em família, distribuído aos pais nas reuniões, explicando que o professor é a autoridade. E também o Regimento Interno das escolas, unificando as regras do município. Ele formaliza os direitos e deveres de alunos e professores. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é importantíssimo, mas sua criação trouxe muita insegurança aos professores da rede pública, em especial os que lidam com adolescentes. Na semana passada, tivemos um caso grave: um menino de 13 anos agrediu fisicamente a professora. Na escola privada, esse aluno seria expulso. Na escola pública, isso não pode acontecer. Esse regimento diz como tratar esses casos-limite. O destino do aluno pode ser votado em conselho. Ele pode ser transferido de escola. O regimento também aborda detalhes que parecem bobos, mas são importantes. Usar boné em sala não é mais permitido. Tirar o chapéu na frente de uma autoridade é um simbolismo importante.

ÉPOCA – Por que os alunos do 1º ao 5º ano agora também terão aulas de inglês?
Costin –
Achamos importante por causa da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 em nossa cidade. Mas visamos também à inserção no mercado de trabalho porque quanto mais cedo a criança começar a aprender uma língua, mais facilidade ela terá. Fizemos um concurso e a Cultura Inglesa está capacitando os professores.

ÉPOCA – A senhora é a favor do sistema de cotas nas universidades?
Costin –
Sou a favor. É minha opinião pessoal, não do governo do Rio. Mas apenas como medida temporária, que seja acompanhada de políticas claras. Eu morei na África durante um tempo e tenho ligações com o movimento negro. Sei que, como política de longo prazo, o sistema de cotas não é correto. Por mais que o consenso na classe média seja que não é uma boa ação, defendo porque existe uma defasagem clara. Sou defensora do mérito, mas em igualdade de condições. O Brasil foi o último país a deixar de ter escravos. É muito recente. Cota ainda mais importante é a das escolas públicas, porque lida ao mesmo tempo com a questão racial e com a social. E é extremamente importante para qualquer instituição a diversidade de gênero e etnia.

Projeto contra palmadas não impede pais de educar filhos, diz Lula

Projeto de lei enviado ao Congresso nesta quarta-feira (14) tem o objetivo de coibir os castigos corporais em menores, incluindo a palmada
Redação Época, com Agência EFE
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurou que o projeto de lei que enviou nesta quarta-feira (14) ao Congresso para coibir os castigos corporais em menores, incluindo a palmada, não pretende impedir que os pais eduquem seus filhos. “Os críticos vão dizer que estamos tentando impedir que os pais eduquem seus filhos. Ninguém quer proibir que uma mãe seja mãe nem que um pai seja pai. O que queremos é mostrar que é possível fazer as coisas de uma forma diferente", disse Lula. “Todo mundo sabe que na época da palmatória não se educava melhor que na época do diálogo.”

O texto é uma emenda ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo o projeto, os infratores serão advertidos pelas autoridades e obrigados a se apresentar em instituições de proteção da família para receber orientações ou tratamento psicológico. Apesar de o ECA já prever sanções para os responsáveis pelos maus-tratos de menores, a emenda define especificamente o castigo corporal como uma ação de força física com fins “disciplinares e punitivos” que pode resultar em “dor ou lesão na criança e no adolescente”. Nos casos mais graves, nos quais o castigo provoca lesão corporal, o Código Penal prevê penas entre um e quatro anos de prisão para quem “abusa dos meios e disciplina”.

Lula disse em seu discurso que se sente uma pessoa abençoada, porque sua mãe nunca lhe levantou a mão, nem a nenhum de seus irmãos, e porque ele também nunca precisou agredir seus filhos. Ele defendeu um maior diálogo entre pais e filhos em assuntos como o sexo e as drogas, por exemplo, e criticou aqueles que não têm tempo para conversar com seus filhos, mas sim para beber cerveja. O presidente acrescentou que, se os castigos resolvessem os problemas de educação, “não haveria tanto corrupto e tanto bandido no país”.

GLOBO EXPÕE SEXUALIDADE DE RONALDO FENÔMENO



Matéria da Rede Globo, no Fantástico, sobre orgias, deixou escapar os nomes de Ronaldo e Richarlyson em um e-mail de uma cafetina, exibido com frases destacadas em primeiro plano. Ocorre que as letras em segundo plano seguiram legíveis. Assim, além de destacar frases como "Atendo em média de 15 a 20 por mês", acabou por deixar ler, ao fundo, "Gostam muito do famoso fio terra. Ronaldo adora brinquedos de todos os tipos e tamanho. Assim como Richarlyson". No site do "Fantástico", o vídeo da reportagem teve a imagem do e-mail corrigida - as frases em segundo plano foram embaçadas. No vídeo do YouTube, porém, a edição que foi ao ar está disponível. A saia justa foi identificada por espectadores que viam o programa no último domingo em televisão com qualidade HD. Com a alta definição, uma das virtudes mais alardeadas pelas emissoras de TV, as frases em segundo plano foram identificadas quando o "Fantástico" ainda estava no ar. A emissora, em nota, afirmou. "A reportagem não cita jogadores e nenhuma das imagens veiculadas pelo programa expõe nomes. Não nos responsabilizamos por imagens processadas e manipuladas por terceiros, diferentes das que foram ao ar." Informações da Folha.

CIENTISTAS FAZEM CARTA PRÓ-MACONHA



Cientistas acham injusa a prisão de quem planta para consumo próprio
Um grupo de neurocientistas que estão entre os mais renomados do país escreveu uma carta pública para defender a liberalização da maconha para "consumo próprio". Assinam a carta nomes como Stevens Rehen, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), coautor da primeira linhagem de células tronco no país, e Sidarta Ribeiro, diretor do Instituto de Neurociências de Natal. Eles falam em nome da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC), que representa 1,5 mil pesquisadores. A motivação do documento foi a prisão - um "equívoco", diz o texto- do músico Pedro Caetano, baixista da banda de reggae Ponto de Equilíbrio. Ele está preso desde o dia 1º sob acusação de tráfico por cultivar dez pés de maconha e oito mudas da planta em casa. Segundo o advogado do músico, ele planta a erva para consumo próprio. A carta o defende ao relatar que é "urgente" discutir melhor as leis sobre drogas "para evitar a prisão daqueles usuários que, ao cultivarem a maconha para uso próprio, optam por não mais alimentar o poderio dos traficantes de drogas". Informações da Folha.

Papai e mamãe é a posição predileta das americanas



No mês passado fiz um post no qual falei rapidamente sobre “posições sexuais preferidas pelas mulheres”. Mas, como o tema era outro, ninguém deu muita bola e continue sem saber se as brasileiras concordavam com as americanas. Segundo uma pesquisa feita pela revista Cosmopolitan, o papai e mamãe é a posição  preferida das americanas. Comentei esse resultado com umas amigas, que concordaram. Todas disseram que conseguem chegar ao orgasmo com mais facilidade nessa posição. As posições “de quatro” e “por cima” ficaram, respectivamente, em segundo e terceiro lugar na preferência dessa minha restrita amostra. Meninas, vocês concordam? E vocês, rapazes?